Um dia após o juiz Márcio Aparecido Guedes, da 2ª Vara de Fazenda Pública, suspender a Comissão Processante de Investigação (CPI), contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), vereadores integrantes da oposição protestaram dentro do plenário da Casa de Leis, na manhã desta quinta-feira (16), usando nariz de palhaço para “demonstrar as insatisfações”.
A investigação de supostos desvios na Saúde estava em fase de oitavas.
“A ideia é transparecer os atos que alguns 'deuses' estão praticando em desfavor da sociedade cuiabana, que resultou em demonstrar que somos palhaços. Não somos palhaços, mas com a suspensão ficamos com a cara de palhaço. Isso é um absurdo e protegem uma gestão que a cada dia que passa fica pior”, disse o vereador Demilson Nogueira (Progressistas).
O vereador Sargento Joelson (PSB) foi mais além, afirmou que a decisão da Justiça em suspender os trabalhos da comissão foi para “defender” Emanuel e retirar autonomia da Casa de Leis. Além disso, afirma que a oposição tenta há sete anos mover um pedido de cassação contra o emedebista, que segundo ele, "não faz nada".
“É uma forma de protestar. Estamos há sete anos tentando tocar uma comissão processante para cassar o prefeito Emanuel Pinheiro. O Judiciário veio com uma ação dizendo que esta Casa persegue o prefeito. Essa Câmara sempre protegeu, isso é a representação do povo cuiabano. Essa é a forma para dizer que assim como a população estamos com a cara de palhaço”, esbravejou.
O "caos" na Câmara não ficou somente no protesto dos vereadores. Com menos de 15 minutos após ser aberta a sessão ordinária, o legislativo precisou encerrá-la por falta de quórum - dispositivo que determina a quantidade mínima de parlamentares em Plenário. Boa parte dos vereadores que se definem como "base de apoio" do prefeito, sequer comparaceu ao Legislativo Cuiabano.
A oposição, por sua vez, afirmou que tudo não passou de estratégia por parte dos "pinheiristas" para que durante a sessão, os adversários não criticassem o gestor municipal. Por fim, os parlamentares cobraram do presidente da Casa de Leis, vereador Chico 2000 (PL), rigidez na condução dos trabalhos e penalização aos faltosos.
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