O PL, partido de Jair Bolsonaro, já pagou em 2024 quase R$ 700 mil em salários e benefícios para alguns dos indiciados pela Polícia Federal no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
O partido usa seu fundo partidário e doações de pessoas físicas para empregar ao menos cinco dos indiciados. Um deles é o próprio Bolsonaro, que já recebeu R$ 255,7 mil da legenda em 2024 até o momento.
O montante de Bolsonaro é o mesmo recebido pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Tanto ele quanto Bolsonaro estão na lista de indiciados que a PF enviou para o STF na quinta-feira (21/11).
Além deles, o PL tem em sua lista de pagamentos em 2024 o ex-ministro general Braga Netto. Ao longo deste ano, o militar recebeu R$ 35,7 mil do PL em 2024, divididos em duas parcelas.
Braga Netto, contudo, teve o salário cortado pelo partido após ser alvo, em fevereiro, de operação da PF no inquérito do golpe. O mesmo ocorreu com Marcelo Câmara, ex-ajudante de Bolsonaro, também alvo da operação.
Antes de ter o salário suspenso, Câmara recebeu quatro pagamentos do PL, totalizando R$ 23,9 mil. O valor é referente a salário, pagamento por serviço técnico e reembolso de refeições feitas em serviço.
O último dos envolvidos que recebeu valores do PL em 2024 é Tarcio Arnaud Tomaz, considerado um dos principais integrantes do chamado “gabinete do ódio”. O partido pagou R$ 119,8 mil em salário para ele em 2024.
Quanto o PL pagou para os indiciados pela PF:
Valdemar Costa Neto – R$ 255,7 mil
Jair Bolsonaro – R$ 255,7 mil
Tarcio Arnaud Tomaz – R$ 119,8 mil
Braga Netto – R$ 35,7 mil
Marcelo Costa Câmara – R$ 23,9 mil
Total: R$ 690,8 mil
Fonte: Metrópoles
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