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“Mel da Floresta – Xingu” desenvolvido por produtores culturais luverdenses irá abordar apicultura como modelo de renda sustentável em comunidades indígenas

Comunidades Indígenas produtoras de Mel ganham protagonismo em documentário produzido em Mato Grosso

27/09/2022 às 01h27 Atualizada em 27/09/2022 às 01h48
Por: Redação Fonte: Camila Galvão
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O Método Recuo ensina como desenvolver uma integração total do apicultor com a natureza, de forma que eles possam entender quando e como se aproximar das abelhas sem expor-se ao risco de ataques e picadas.
O Método Recuo ensina como desenvolver uma integração total do apicultor com a natureza, de forma que eles possam entender quando e como se aproximar das abelhas sem expor-se ao risco de ataques e picadas.

 

Produtores Culturais de Lucas do Rio Verde – MT iniciam a produção do documentário “Mel da floresta – Xingu”, que trata do projeto de apicultura desenvolvido em comunidades indígenas do médio Xingu, próximas à cidade de Feliz Natal - MT, através do qual a professora Clarice Saueressig ensina o Método Recuo que desenvolveu em busca de levar geração de renda e sustentabilidade produtiva e ambiental.

O documentário é um dos projetos audiovisuais selecionados pelo Programa MT Criativo criado para o desenvolvimento da economia criativa no Estado de Mato Grosso, com o objetivo de fortalecer e ampliar os mecanismos de financiamentos públicos da cultura, promovendo políticas públicas abrangentes a todo o território mato-grossense, democratizando o acesso à cultura e fomentando a economia criativa do Estado, um dos segmentos mais prejudicados durante a pandemia. Foram selecionados 34 projetos em todo o Estado divididos em sete categorias: Curta Metragem, Ficção, Documentário, Animação, Videoclipe, Videodança e Videoarte.

Segundo o professor Jorge Sepúlveda, idealizador do filme, “a preservação de uma espécie em extinção como as abelhas, e o desenvolvimento da autonomia das comunidades indígenas, possibilita que as mesmas preservem suas tradições e cultura étnica, já que viabiliza que eles mantenham seu estilo de vida, permanecendo dentro da aldeia, e promove dignidade na vida dessas pessoas, que passam a ter recursos financeiros suficientes para adquirir alimentos, remédios, vestuário, e o que mais julgarem necessário”. As gravações serão feitas na aldeia Arayó, que é formada pela etnia Ikpeng, cuja liderança é exercida pelo cacique Taffarel Ikpeng.

O projeto de apicultura que inspira o filme teve o apoio do Ministério Público que, por meio de parcerias, direcionou madeiras apreendidas ilegalmente para o Centro de Ressocialização do município de Sorriso-MT, onde os reeducandos produzem as caixas de coleta de mel (colmeias) que são enviadas para as aldeias do Xingu, também com o objetivo de criar um santuário/berçário de abelhas, espécie atualmente ameaçada de extinção e responsável por cerca de 75% das culturas e 80% das espécies de plantas dotadas de flores.

Deste modo, o documentário engloba elementos fundamentais que auxiliam a manutenção da vida na Terra, ao mesmo tempo que está permeado dos aspectos culturais e antropológicos das comunidades indígenas, isto é, de relevante valor cultural, que promove o fortalecimento desta comunidade, auxiliando a manter tradições, costumes e os saberes indígenas.

Aprovado o fomento do documentário via edital da Secretaria do Estado de Mato Grosso de Cultura, Esporte e Lazer, o desenvolvimento do filme já tem recursos e parceiros para dar início às primeiras gravações. O documentário “Mel da Floresta – Xingu” conta também com o patrocínio da empresa Bioqualitá, e o apoio da prefeitura de Feliz Natal – MT, na pessoa do prefeito Toni Dubiella.

“É um valor significativo para darmos início ao projeto, porém o desenvolvimento do mesmo terá a duração de oito meses e o que pode parecer o suficiente no início, é pouco quando colocado na ponta do lápis, por isso mesmo, seguimos buscando parcerias e patrocínio para que nosso trabalho tenha alcance internacional e possamos remunerar adequadamente toda a equipe ao longo dos próximos meses”, explica o professor.

Segundo Sepúlveda, “As comunidades indígenas estão cada vez mais ameaçadas em suas tradições e subsistência. Neste documentário veremos como é possível gerar renda de forma sustentável para os indígenas do Médio Xingu com a produção de mel a partir do Método Recuo”.

Jorge Sepúlveda é proponente e produtor co-executivo. Formado em História pela Unesp-Assis/SP com MBA em Desenvolvimento Organizacional com Foco em Gestão de Pessoas, está sempre envolvido em ações culturais do município de Lucas do Rio Verde. Foi produtor do filme “Oi Alice, ninguém é mulher impunemente”, lançado em 2021, que aborda a violência contra a mulher, produtor do Festival Escolar de Teatro – Festeco, presidente do Conselho Municipal de Cultura de Lucas do Rio Verde e produtor executivo do Debate Cultural – Projeto Cultura Viva.

Desenvolve desde 2020 o programa de entrevistas “Ponto de Prosa” em parceria com o produtor audiovisual Weidson Cardoso e a jornalista Camila Galvão, no qual aborda temas de relevância social, científica e história na sociedade. Foi em uma dessas entrevistas, realizada com o Cmte. Antônio Carlos e a professora Clarice Sauersserig, que o projeto de apicultura foi abordado pela primeira vez e de onde surgiu a iniciativa de buscar produzir o documentário inscrevendo-o no concorrido edital do Estado, que aprovou o fomento da produção do mesmo, considerando seu alto nível de relevância cultural e social.

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